Internet fica mais barata em 2022, mas países pobres ainda sofrem com preços, diz agência da ONU

Pessoas de todas as faixas de renda e em todas as regiões do mundo precisam pagar menos par acessar a internet neste ano. O preço médio global dos serviços de conexão móvel caiu de 1,9% para 1,5% da Renda Nacional Bruta (RNB) per capita.

Os dados são do relatório “Facts and Figures” (Fatos e números, em tradução livre), da União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) para Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).










Apesar da diminuição, o custo continua sendo um dificultador para o acesso à internet em economias de baixa renda. O atual cenário global de inflação alta, elevação das taxas de juros e incertezas pode aumentar o desafio de estender o alcance da internet.

Vale lembrar que a UIT também divulgou um outro relatório neste ano apontando que quase 3 bilhões de pessoas permanecem desconectadas em todo o mundo. Apesar de expressivo, o número aponta uma melhora em relação a 2021.

Ainda de acordo com a UIT, o preço médio de um plano básico de dados móveis, por exemplo, representa 9% da renda média de quem mora em um país pobre, sendo que para se tornar acessível, a internet deve ter um preço inferior a 2% do RNB mensal per capita.

O levantamento mostrou, ainda, que 69% dos homens têm acesso à internet, contra 63% das mulheres em todo o planeta. Isso representa 259 milhões de mulheres a menos do que homens. Os jovens de 15 a 24 anos são a faixa etária mais conectada.

 

“A internet pode estar mais acessível de forma geral, mas, para bilhões de pessoas ao redor do mundo, continua fora de alcance como sempre. Precisamos manter o acesso à internet na direção certa, mesmo à medida que a crise global afete mais profundamente as perspectivas econômicas de muitos países”, disse o secretário-geral da UIT, Houlin Zhao.

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem