China encontra forma de burlar sanções dos EUA no mercado de semicondutores


 A China encontrou uma maneira fácil de contornar as sanções dos Estados Unidos. De acordo com o South China Morning Post, 11 empresas do país anunciaram que vão ampliar o uso da arquitetura RISC-V em seus próximos chips.

A principal vantagem é que a arquitetura é baseada em um código aberto. Ou seja, ela pode ser usada livremente por qualquer empresa, mesmo tendo sido desenvolvida pela Universidade da Califórnia em 2010.

 

Atualmente, as arquiteturas X86 e ARM são controladas por Estados Unidos e Reino Unido e isso faz com que esses países possam impor sanções contra empresas chinesas. No caso na RISC-V, isso teoricamente não é possível.

O SCMP também informa que os chips da arquitetura RISC-V serão desenvolvidos por um consórcio local de empresas, sendo que elas foram as primeiras a se interessar pela arquitetura de código aberto, algo que aconteceu em 2018.

Imagem/reprodução: acervoTC.

Comentando o assunto, Wayne Dai, diretor da VeriSilicon Holdings, disse que a maioria dos 10 chips RISC-V apresentados no ano passado já entraram em produção em massa, ultrapassando a marca de 10 milhões de unidades.

Além disso, outros chips devem chegar ao mercado em 2023.

 

A empresa StarFive comparou a sua CPU RISC-V com a Cortex-A76 da ARM (lançada em 2018). A fabricante chinesa disse que o desempenho é idêntico, sendo que o seu produto é produzido em 12 nanômetros e deve se tornar compátível com notebooks e Mini PCs.

Já a Timesintelli Technology foi além e disse que seus processadores RISC-V podem competir facilmente com os Cortex-M e Cortex-R da ARM.

 

As principais aplicações para a RISC-V no futuro próximo serão principalmente em eletrodomésticos inteligentes, wearables, câmeras de vigilância, eletrônicos automotivos e robôs industriais, que estão em grande demanda na China.

Fontes chinesas também dizem que grandes empresas locais, como Alibaba e Tencent, também foram convidadas pelo governo chinês para iniciar a produção em massa de semicondutores. A ideia é pulverizar o mercado entre diversas companhias e evitar a dependência do ocidente.

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