Mais de um ano depois de os primeiros testes bem-sucedidos com macacos serem divulgados ao público, a Neuralink de Elon Musk deve começar a fazer testes em humanos nos próximos seis meses. Foi o que destacou o CEO da empresa, defensor de tecnologias que integrem o cérebro com uma interface digital, durante o evento "Show & Tell" na última quarta-feira (30).
A notícia, naturalmente, desperta muitas ressalvas. Isso porque, apesar de terem sido mostrados testes que funcionaram, com um macaco que joga num televisor com esse poder da mente, vale lembrar que 15 dos 23 macacos testados acabaram morrendo no processo. O cofundador da empresa, Max Hodak, inclusive decidiu sair após o evento anterior da marca, em abril de 2021, embora permanecesse otimista sobre o sucesso da tecnologia no futuro.
Outro sinal potencial de que a Neuralink tem lá suas inseguranças é o fato de Musk ter sondado sua principal concorrente, a Synchron, em agosto, em busca de oportunidades de investimento. Afinal, a empresa já alcançou sucesso comercial e já implantou com sucesso seu dispositivo de uma polegada e meia de comprimento em uma pessoa que vive com ELA no Hospital Mount Sinai, em Nova York.
Este paciente já seria capaz de navegar pela web e enviar mensagens de texto através do implante, uma façanha que antes era impossível, já que perdeu a capacidade de se mover e se comunicar de forma independente devido à doença.
A tecnologia de Musk usa até 1.024 fios de 5 mícrons de diâmetro "costurados" na massa cinzenta de um paciente para fazer conexões com neurônios vizinhos, fornecendo amostragem de alta resolução das emissões elétricas do cérebro e traduzindo entre impulsos elétricos analógicos e código de computador digital.
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